Após dois dias de conclave, a Capela Sistina expeliu fumaça branca na quinta-feira (8), por volta das 13h (horário de Brasília), e anunciou a escolha do novo Papa: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que adotou o nome de Leão XIV.

Para Gleydson Pimenta de Faria, pároco e reitor do Santuário São Miguel e Almas de Santos Dumont, a escolha dos cardeais passa uma mensagem de desejo que se dê continuidade ao trabalho iniciado pelo Papa Francisco na igreja.

“O Papa Leão XIV foi um cardeal pelo Papa Francisco e na sua fala ele citou também o Papa Francisco, o que dá, portanto, um sinal muito claro de que sua eleição tem relação explícita com a própria história e o próprio pontificado do Papa Francisco. Isso também nos mostra que, ao elegê-lo, os cardeais quiseram que de alguma maneira houvesse uma continuidade no trabalho, sobretudo na questão do diálogo que o Papa Francisco vem estabelecendo com todo mundo”, declarou padre Gleydson.

Em um discurso na varanda central da Basílica de São Pedro, o pontífice declarou ser filho de São Agostinho, um agostiniano, como referência à ordem com a qual se juntou em 1985, no Peru.

“O padre pode escolher, o jovem que ingressa no seminário, fazer parte do que a gente chama de uma congregação religiosa e essa congregação é marcada geralmente pelo carisma, pelo vínculo com algum santo fundador daquela congregação”, explicou o pároco.

O novo papa foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais, o equivalente a dois terços dos eleitores, e ocupa agora o posto deixado na Catedral de São Pedro. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e é o primeiro norte-americano da história da Igreja eleito no conclave. Também se destaca por ser o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.

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